Uma publicação na Revista Científica Photochemistry and Photobiology feita por pesquisadores da Indonésia demonstrou o potencial do Ácido Tranexâmico em ser utilizado em produtos anti-idade graças a sua ação na modulação de proteínas mitocondriais como a PGC1α, Tom20 e COX IV, que afetam a estrutura da pele quando estão desreguladas. Este ácido aumenta a expressão da proteína LC3-II e como consequência temos um aumento no processo de autofagia celular.
Autofagia é um processo que ocorre quando nossas células eliminam o chamado vulgarmente “lixo celular”, ou seja, proteínas oxidadas que atrapalham os processos metabólicos intracelulares. Nestes casos, o lixo celular é englobado por vesículas especializadas e os lisossomos são recrutados pelas proteínas LC3-II para clivar as macromoléculas. Portanto o ácido tranexâmico, sendo um aumentador da expressão da LC3-II, acaba contribuindo para o processo de autofagia.
A concentração ideal do tranexâmico e baseado nas evidências que temos, podemos indicar em clínica 0,5% quando associado com microagulhamento e de 3-5% em cremes homecare. Essa associação com microagulhamento já foi comprovada em estudo de 2017 e pode ser feita uma vez por semana durante 12 semanas.
Depois desses estudos, pode-se considerar mais seguro a indicação do Tranexâmico em combinações com ativos anti-idade, principalmente com os vários boosters mitocondriais que o mesmo apresenta.