O eritema facial
persistente, que pode ou não piorar com o tempo, é uma das características mais
desafiadoras e comuns da rosácea.
A rosácea eritematotelangiectásica (ERT) é
caracterizada por eritema facial persistente e vermelhidão com telangiectasias,
edema no centro da face, queimação, sensação de agulhadas, aspereza e escamação
ou qualquer combinação destes sinais e sintomas.
A rosácea papulopustular (PPR) se manifesta
como persistente eritema central da face, como pápulas e pústulas e
predominando nas áreas convexas. A rosácea fimatosa caracteriza-se por
orifícios foliculares patulosos, pele engrossada, nódulos e contorno irregular
da superfície das áreas convexas. A rosácea ocular pode-se desenvolver antes
dos sintomas cutâneos em 20% dos indivíduos afetados.
A Oximetazolina
age da seguinte forma no tratamento da rosácea: receptores alfa-adrenérgicos do
tipo 1A presentes na musculatura lisa vascular promove potente ação
vascoconstritora, possuindo como consequência uma redução do eritema em
pacientes com rosácea. O alvo da da oximetazolina quando aplicado topicamente
são os receptores alfa-adrenérgicos do tipo 1A presentes na musculatura lisa. A
oximetazolina também é parcialmente seletiva aos receptores alfa-adrenérgicos
do tipo 2A.
Além disso, o ativo citado anteriormente
possui efeitos significativos na cascata do ácido araquidônico, inibindo de
maneira forte a atividade da 5-lipoxigenase, sendo responsável por promover
redução da síntese de leucotrienos pós-inflamatórios.
Um estudo conduzido por Tanghetti et al. (2018) avaliou a eficácia de
oximetazolina tópica em pacientes com eritema facial persistente com rosácea de
moderada a severa. Os resultados obtidos foram:
·
Significativamente mais pacientes alcançaram
escores menores nos índices CEA e SSA no grupo 1. Este demonstra a melhora dos
sintomas da rosácea no grupo oximetazolina quando comparado com o veículo
(p<0,001);
·
A segurança foi similar nos dois grupos.