Notícias
Parques nacionais marinhos da Tailândia proíbem protetores solares suspeitos de danificar corais
O Departamento de Parques Nacionais, Vida Selvagem e Conservação de Plantas (DNP) da Tailândia proibiu protetores solares contendo substâncias químicas que são suspeitas de danificar os recifes de coral dos parques nacionais marinhos do país.
Uma ordem entrou em vigor no dia 4 de agosto (2021) banindo protetores solares contendo substâncias que podem ter um efeito prejudicial sobre os recifes de coral dos parques nacionais marinhos do reino.
Os protetores solares que foram proibidos são aqueles que contêm oxibenzona (benzofenona 3), octinoxato, 4-metilbenzilideno cânfora, que normalmente são usados como filtros UV e butilparabeno, que é usado como conservante ou também encontrado em fragrâncias. Há uma suspeita de que essas substâncias sejam desreguladores endócrinos e afetem o desenvolvimento dos corais, mesmo em pequenas quantidades.
As autoridades tailandesas disseram que os dados científicos disponíveis mostram que esses produtos químicos "deterioram os recifes de coral, destroem as larvas dos corais, obstruem seu sistema reprodutivo e causam o branqueamento dos recifes de coral".
Embora as autoridades não tenham dito como planejam fazer cumprir a nova regra, os infratores enfrentarão uma multa de até 100.000 baht tailandês (cerca de US $ 3.000 ou EUR 2.530).
A Tailândia não é o primeiro país a introduzir tal proibição. Em 1º de janeiro de 2020, a ilha de Palau, no Pacífico, proibiu a venda e importação de produtos solares contendo 11 componentes considerados tóxicos ao meio ambiente.
Em 2018, o Havaí também anunciou sua intenção de banir a oxibenzona e o octinoxato dos protetores solares comercializados nas ilhas. A medida é aplicada desde 1º de janeiro de 2021.
Desde um alerta inicial em 2008, vários estudos têm destacado que certas substâncias contidas nos protetores solares podem ter um impacto negativo nas espécies marinhas. Por exemplo, uma pesquisa publicada em 2015 mostrou que a oxibenzona pode ser prejudicial aos recifes de coral ao acelerar o branqueamento dos corais e ameaçar sua resiliência diante das mudanças climáticas.
