As argilas são ingredientes conhecidos do universo de
personal care, mas muito além de sua clássica função opacificante, ela pode
atuar em diversas vertentes farmacotécnicas. Seus diversos papeis variam de
acordo com propriedades como tamanho de partícula, afinidade entre fases,
comportamento de umedecimento, local de extração e eventuais processos de
modificação do ingrediente.
Além de ações funcionais, os argilominerais podem atuar como
modificadores de sensorial, agentes de suspensão, modificadores de reologia, ajustadores
de pH e, claro, o tema deste artigo, estabilizantes de diversas formas
cosméticas, mas especialmente de emulsões.
As propriedades das interfaces da emulsão são complexas e
podem variar por diversos fatores. Os diversos tipos de emulsionantes e
co-emulsionantes disponíveis no mercado, atuam como moléculas anfifílicas que
impedem a coalescência das fases através de um impedimento estérico, ou seja,
espacial, e (ou) eletrostático, por afinidade de cargas. Estes parâmetros atuam
de forma sinérgica contribuindo para evitar o reagrupamento das gotículas.
De maneira simplificada, elas auxiliam neste processo
através do:
1 – Aumento de viscosidade da fase contínua.
2 – Comportamento de umedecimento com água ou/e óleo.
Um estudo realizado por Hong, el al. (2019), identificou que
de acordo com o tipo de argila e a variação de suas propriedades, ela pode se
dispor em diferentes interfaces da emulsão,2 alterando a tensão superficial dos
líquidos. Isso resulta em um sistema ainda mais organizado, otimizando a
estabilidade da emulsão.
Outro importante mecanismo de estabilização é a interação coloidal entre as diversas gotículas da fase dispersa, que ao compartilharem as partículas coloidais aumentam as propriedades viscoelásticas da emulsão, retardando ainda mais a coalescência.
Se você tem dúvidas sobre isso, se aproximar de fornecedores
específicos sobre este ingrediente pode auxiliar muito nos seus
desenvolvimentos para a escolha da melhor matéria prima.
“Os fabricantes podem contar agora com uma opção sólida e confiável de argilas funcionais, que são ingredientes naturais e veganos que atuam funcionalmente nas fórmulas, como espessantes e agentes de suspensão de fase aquosa e oleosa, co-surfactantes, e trazem benefícios para a pele e cabelo”, destaca Bretzke, acrescentando que alguns dos INCI names mais utilizados pela indústria cosmética são o Magnesium Aluminum Silicate e o Quaternium -18 Bentonite.
É claro que muito além de emulsões, as argilas podem
auxiliar em diversos outros tipos de formulações, como as sólidas, agregando
ainda mais valor à tendência de cosméticos waterless. Além de aumentar o
índice de naturalidade do produto, reduzem o custo das formulações e atuam de
forma funcional, absorvendo a oleosidade da pele e contribuindo para uma melhora
no sensorial.
Bretzke ressalta que a Granatum tem conhecimento para oferecer soluções com argilas para todas as categorias cosméticas, incluindo maquiagem, cosméticos sólidos, produtos de hair care, proteção solar e linhas SPA.
“As argilas são provavelmente os primeiros cosméticos usados, mas muitos profissionais de P&D e de marketing pensam nas argilas apenas para desenvolverem uma máscara facial ou linhas SPA. Entretanto, há dezenas de tipos de argilas, com aplicações diversas, especialmente como funcional na formulação, estabilizando fórmulas, para efeito suspensor, entre outros. A Granatum se coloca no mercado para oferecer agilidade no fornecimento, preços competitivos e em reais, tranquilidade para o formulador e maior segurança para a empresa e o consumidor”, finaliza
Hong, J.
S., Kong, H. J., Hyun, K., Bergfreund, J., Fischer, P. & Ahn, K. H. (2019).
Rheological analysis of oil–water emulsions stabilized with clay particles
by LAOS and
interfacial shear moduli measurements. Rheologica Acta, 58(8), 453–466. https://doi.org/10.1007/s00397-019-01144-0
RAMALHO, W. J. C. R. .; SOUZA, M. F. de .; FERREIRA, H. S. .
Investigation of the
viscosifying and stabilizing effect of hydrophilic and hydrophobic clays in
emulsified oil-based fluids. Research, Society and Development, [S.
l.], v. 10, n. 3, p. e3910312927, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i3.12927.
Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/12927. Acesso
em: 29 nov. 2022.
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